sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

As razões do caos na segurança pública maranhense por Roseana Sarney


Depois do brilhante estudo criminológico que nos foi ofertado pelo Chefe do Clã Sarney, senhor da capitania hereditário do Maranhão e da sesmaria do Amapá, eis que se confirma o dito popular que um fruto não cai muito longe da árvore.

Roseana Sarney vem a público com uma esclarecedora análise das causas dos problemas de segurança pública no Maranhão.

Segundo a governadora: "É um Estado que está se desenvolvendo, que está crescendo. E um dos problemas que está piorando a segurança do nosso Estado é que nosso Estado está mais rico, mais populoso também"

Agora percebo a enorme injustiça perpetrada contra a família Sarney. Quando acusavam "levianamente" o Clã Sarney de perpetuar a pobreza maranhense não perceberam que  a miséria era e é na verdade uma política de segurança pública. Segundo a criminologia sarneysista, povo miserável é povo pacífico. Que isso sirva de alerta para os outros governantes: Cuidado com o desenvolvimento.

Depois ficam criticando os Sarney por supostas falcatruas e enriquecimento. Coitados. Se enriqueceram, fizeram isso para evitar o pior para seu povo. Tomaram para si o fardo do vil metal para proteger a população contra os males do desenvolvimento.

A governadora prossegue: "O que nos pegou de surpresa é que, apesar de todas essas ações, a violência voltou a ser instituida no presídio. Em Pedrinhas existem vários presídios, mas só há problema em um deles."

Isso mesmo, senhora governadora, é muito injusto exigir da senhora a evitação de algo completamente imprevisível. Não é porque em 2010, na mesma penitenciária, um motim terminou com 18 mortes e algumas decapitações, que isso aconteceria novamente. Não é porque em três anos 31 procedimentos sobre violações de direitos humanos foram instaurados na Secretaria de Direitos Humanos que existia algum alerta. A Ministra Maria do Rosário também foi pega de surpresa. Não é porque o CNJ tenha alertado, censurado e recomendado que medidas urgentes fossem tomadas que algum sinal de preocupação se avistasse no horizonte. É completamente injusto exigir que algum perceba que a coisa ia ficar feia quando somente 62 presos foram assassinados em 2013. Caramba, é uma bruta injustiça exigir que alguma coisa fosse feita, afinal de contas, quem pensaria que existia algum problema?

Sobre isso, a senhora governadora complementa: "Até setembro Pedrinhas tinha constatado 39 mortes. Em 2012, tinha 4 mortes. Então, até setembro, 39 [mortes] estava dentro do que era do limite que se esperava. Em setembro teve a destruição da Cadet [Casa de Detenção] e lá tiveram mais mortes. Tivemos de tomar providência. Isso não significa que não tomamos providências antes."  

Isso mesmo governadora, no sistema penitenciário maranhense que conta com 1% da população carcerária, 39 mortes é mais do que aceitável. Claro que é complicado demonstrar no que é aceitável um número que representa 17,8% das mortes de todo sistema penitenciário brasileiro. Mas oras, são somente criminosos, não é mesmo?

E olha que a senhora tomou, então providências. Graças a elas, no final do ano a conta fechou em somente 62 mortes, ou, em número relativos, 28% do total de homicídios em penitenciários brasileiras. Imagine a cifra se a governadora não tivesse tomado providências.

 Por fim: "O que aconteceu me chocou, e a todo o Maranhão, porque o povo do Maranhão não é violento. O que aconteceu lá é algo inexplicável".

Realmente, governadora, é completamente inexplicável o porque o povo maranhense ainda vota do mesmo jeito.



 



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