Depois do brilhante estudo criminológico que nos foi ofertado pelo Chefe do Clã Sarney, senhor da capitania hereditário do Maranhão e da sesmaria do Amapá, eis que se confirma o dito popular que um fruto não cai muito longe da árvore.
Roseana Sarney vem a público com uma esclarecedora análise das causas dos problemas de segurança pública no Maranhão.
Segundo a governadora: "É um Estado que está se desenvolvendo, que está crescendo. E um dos
problemas que está piorando a segurança do nosso Estado é que nosso
Estado está mais rico, mais populoso também"
Agora percebo a enorme injustiça perpetrada contra a família Sarney. Quando acusavam "levianamente" o Clã Sarney de perpetuar a pobreza maranhense não perceberam que a miséria era e é na verdade uma política de segurança pública. Segundo a criminologia sarneysista, povo miserável é povo pacífico. Que isso sirva de alerta para os outros governantes: Cuidado com o desenvolvimento.
Depois ficam criticando os Sarney por supostas falcatruas e enriquecimento. Coitados. Se enriqueceram, fizeram isso para evitar o pior para seu povo. Tomaram para si o fardo do vil metal para proteger a população contra os males do desenvolvimento.
A governadora prossegue: "O que nos pegou de surpresa é que, apesar de todas essas ações, a
violência voltou a ser instituida no presídio. Em Pedrinhas existem
vários presídios, mas só há problema em um deles."
Isso mesmo, senhora governadora, é muito injusto exigir da senhora a evitação de algo completamente imprevisível. Não é porque em 2010, na mesma penitenciária, um motim terminou com 18 mortes e algumas decapitações, que isso aconteceria novamente. Não é porque em três anos 31 procedimentos sobre violações de direitos humanos foram instaurados na Secretaria de Direitos Humanos que existia algum alerta. A Ministra Maria do Rosário também foi pega de surpresa. Não é porque o CNJ tenha alertado, censurado e recomendado que medidas urgentes fossem tomadas que algum sinal de preocupação se avistasse no horizonte. É completamente injusto exigir que algum perceba que a coisa ia ficar feia quando somente 62 presos foram assassinados em 2013. Caramba, é uma bruta injustiça exigir que alguma coisa fosse feita, afinal de contas, quem pensaria que existia algum problema?
Sobre isso, a senhora governadora complementa: "Até setembro Pedrinhas tinha constatado 39 mortes. Em 2012, tinha 4
mortes. Então, até setembro, 39 [mortes] estava dentro do que era do
limite que se esperava. Em setembro teve a destruição da Cadet [Casa de
Detenção] e lá tiveram mais mortes. Tivemos de tomar providência. Isso
não significa que não tomamos providências antes."
Isso mesmo governadora, no sistema penitenciário maranhense que conta com 1% da população carcerária, 39 mortes é mais do que aceitável. Claro que é complicado demonstrar no que é aceitável um número que representa 17,8% das mortes de todo sistema penitenciário brasileiro. Mas oras, são somente criminosos, não é mesmo?
E olha que a senhora tomou, então providências. Graças a elas, no final do ano a conta fechou em somente 62 mortes, ou, em número relativos, 28% do total de homicídios em penitenciários brasileiras. Imagine a cifra se a governadora não tivesse tomado providências.
Por fim: "O que aconteceu me chocou, e a todo o Maranhão, porque o povo do
Maranhão não é violento. O que aconteceu lá é algo inexplicável".
Realmente, governadora, é completamente inexplicável o porque o povo maranhense ainda vota do mesmo jeito.
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