Faleceu nesta quinta-feira (20/11/2014) o criminalista e ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, um dos mais influentes advogados de sua geração. Internado desde terça-feira (18/11/2014) em razão de problemas pulmonares vindo a óbito em razão de complicações decorrentes do que o boletim médico apontou como "descompensação de fibrose pulmonar".
Trajetória
Márcio Thomaz Bastos nasceu em 30 de julho de 1935 e graduou-se bacharel em Direito em 1958 pela Faculdade de Direito da USP.
Durante sua trajetória pessoal e profissional não se esquivou da tomada posições em momentos agudos da história nacional recente. Foi apoiador do golpe militar, mas arrependido, afastou-se dos militares. Quando presidente da OAB-SP (1983-85), alinhou-se com movimentos sociais, atuando no movimento das "Diretas Já". Participou do shadow gabinet petista durante o governo Fernando Collor e, junto com Evandro Lins e Silva, ajudou na redação da petição de impeachment de Collor.
Com a ascensão de Luís Inácio Lula da Silva à Presidência da República, foi alçado à condição de Ministro da Justiça, participando ativamente na Reforma do Judiciário e na modernização da Polícia Federal, o que rendeu uma manifesto público de juristas renomados contra o que designaram uma série de operações pirotécnicas da Polícia Federal.
Apesar de atuar nalguns poucos casos como assistente da acusação (Caso Chico Mendes, Caso Pimenta Neves e Caso Lindomar Castilho), sua merecida excelência tornou-se notória na defesa criminal, notoriamente, a de acusados na AP 470/STF (Mensalão). Neste sentido, ainda destaca-se ter sido ele um dos fundadores do IDDD - Instituto de Defesa do Direito Defesa.
Chamado como "God" ("Deus") pelos amigos, em razão de sua extrema competência jurídica, agora descansa em paz um dos maiores nomes da advocacia brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário