A Polícia Federal informou hoje (19) à Justiça Federal que até o
momento não há provas de que o atual diretor de Abastecimento da
Petrobras, José Carlos Consenza, tenha envolvimento com o esquema de
pagamento de propina na Petrobras. A manifestação da PF foi enviada em
resposta ao pedido de esclarecimentos feito pelo juiz Sérgio Moro, da
13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelas investigações da
Operação Lava Jato, após depoimentos prestados por investigados na
operação.
No documento enviado ao juiz, o delegado Márcio
Adriano Anselmo afirma que o nome de Cosenza foi inserido na
investigação "por erro material”. Segundo o policial, "Em relação ao
quesito que figurou em alguns interrogatórios, por erro material,
constou o nome de Cosenza em relação a eventuais beneficiários de
vantagens ilícitas no âmbito da Petrobras. Em relação ao outro quesito
em que se questiona se os investigados conhecem o mesmo, foi formulado
apenas em razão do mesmo ter sucedido Paulo Roberto Costa, área em que
foram identificados os pagamentos, bem como por ter sido seu gerente
executivo", esclarece a PF.
De acordo com o delegado, as
menções após a saída de Paulo Roberto Costa referem-se a pagamentos da
construtora Engevix a empresas do doleiro Alberto Youssef. " Como, por
exemplo, no caso da empresa Engevix, contra a qual teria sido emitida
nota fiscal de prestação de serviços fictícios em 4/4/2014, no valor
de R$ 213 mil, portanto, após mesmo a prisão do investigado, bem como
mediante a formalização de contratos fictícios com Paulo Roberto Costa,
conforme o mesmo admitiu; ou, ainda, os pagamentos realizados em maio,
junho e julho de 2013 pela OAS African em conta no exterior gerida por
Alberto Youssef em que ultrapassam os 4 milhões de dólares", disse o
delegado.
FONTE: Agência Brasil
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