O juiz Alexandre Abrahão, da 32ª Vara
Criminal do Rio, decretou a prisão preventiva do professor Gustavo
Freixo, acusado de fornecer drogas e de abusar de alunos em uma casa na
Zona Norte do Rio. Para o juiz, a liberdade do professor afronta a
garantia da ordem pública. O pedido de prisão foi feito pelo Ministério
Público.
Segundo o MP, no dia 9 de
outubro, o professor de História teria vendido ácido lisérgico (LSD) a
sete adolescentes. Destes, seis tomaram a droga, sentindo alucinações,
paranoia, confusão e perda do controle emocional. Depois, Gustavo teria
praticado atos libidinosos com duas menores que não poderiam oferecer
resistência por conta dos efeitos da droga, tendo ainda submetido uma
terceira adolescente a conjunção carnal.
Para o magistrado, o professor promovia uma espécie de “Sociedade dos
Poetas Mortos” às avessas. “A figura do professor, no mundo todo, tem
excepcional influência na sociedade, basta, para tanto, ver a sua
influência nas culturas mais antigas, nas mais modernas e,
principalmente, nas mais vitoriosas”, destacou na decisão.
O juiz ressaltou ainda que, no Brasil, onde a sociedade luta para
afastar crianças e adolescentes do crime, a figura do professor ganha
destaque. “Até mesmo para conforto dos pais que, não raras vezes, nas
cidades neuróticas, são coagidos a acreditar e depositar seus maiores
patrimônios – os filhos – a essas pessoas”, destacou.
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